





Nesta Edição #09


Os planos de
Mara Bertaiolli e Téo Cusatis para a cidade

Mara Bertaiolli será a primeira mulher prefeita de Mogi das Cruzes. A partir de janeiro de 2025, a cidade passará a contar com uma nova gestão, que assumirá o comando da Prefeitura Municipal com o compromisso de recolocar a cidade na rota do desenvolvimento econômico, promover e fortalecer a justiça social, voltar a cuidar das pessoas e retomar a qualidade dos serviços prestados à população, principalmente nas áreas da Saúde e Educação.
“Durante o período da campanha, ouvimos os mogianos de toda a cidade, caminhamos pelos quatro cantos e sabemos o que Mogi precisa para voltar a crescer”, destaca Mara Bertaiolli, que terá ao seu lado o ex-secretário de Saúde e biomédico, Téo Cusatis. Deixando o período eleitoral para o tempo da campanha, após terem sido eleitos em primeiro turno com um total de 113.271 votos, Mara Bertaiolli e Téo Cusatis já começaram a traçar o novo tempo e o futuro de Mogi das Cruzes, como a Revista A mostra nesta entrevista exclusiva de final do ano com a primeira mulher eleita de Mogi das Cruzes.

No Fundo Social de Solidariedade
Estamos às vésperas da senhora assumir como primeira prefeita mulher eleita de Mogi. Qual o sentimento e a expectativa para esta reta final?
O sentimento é de muita responsabilidade. Teremos muito trabalho pela frente para reconstruir Mogi das Cruzes e recolocar a cidade na rota do desenvolvimento econômico e da justiça social. Logo após a eleição, criamos uma Comissão de Transição para levantar todas as informações necessárias e sabermos, ao certo, qual é a Prefeitura que estamos recebendo e tenham certeza: não será fácil. Mas, o trabalho não nos assusta e nunca nos assustou. Vamos trabalhar todos os dias para colocar essa cidade em ordem novamente e dar a todas as mogianas e mogianos o respeito, o acolhimento, a qualidade e a excelência nos serviços públicos, resgatando o amor e o sentimento de pertencimento por essa cidade, que tanto amamos e que foi tão mal cuidada nos últimos anos.
A senhora, nos últimos meses, coordenou, juntamente com o seu vice Téo Cusatis, um amplo processo de transição. Quais serão os primeiros desafios a serem enfrentados?
São inúmeros. A começar pela situação econômica/financeira da Prefeitura, apurada pela Comissão até o dia 30 de novembro. Só para se ter uma idéia, o déficit em caixa apurado é de R$ 207 milhões e uma dívida consolidada de R$ 473 milhões. Diversos contratos estão na fase final ou foram renovados em caráter emergencial. Além disso, temos um extenso trabalho fotográfico que mostra a situação de deterioração dos prédios, dos serviços públicos, a falta de planejamento e de programas que funcionem. Mas esse período também nos mostrou que temos na gestão pública uma rede de funcionários e servidores muito disposta a trabalhar, a fazer a diferença e voltar a cuidar de Mogi das Cruzes. A nossa cidade sempre foi muito bem cuidada e a Prefeitura era um orgulho de todos nós e é isso que voltaremos a ter: orgulho da Prefeitura e de viver na nossa cidade.

Com o marido Marco Bertaiolli e a filha Maitê
Como foi a escolha dos secretários que irão compor a administração municipal? Quais os principais requisitos?
Todos os secretários, adjuntos e a equipe que formará o nosso governo foram escolhidos de forma absolutamente técnica e com um currículo de excelência para que possamos reconstruir Mogi das Cruzes. São mogianas, mogianos e, acima de tudo, pessoas que gostam de trabalhar, que enfrentam os desafios com seriedade, que amam essa cidade e querem ver Mogi das Cruzes novamente na lista dos grandes municípios do Brasil.
Qual deve ser o projeto que marcará sua gestão?
Sem dúvida, abrir a primeira Maternidade Pública Municipal de Mogi das Cruzes e todo o complexo hospitalar destinado ao atendimento das mulheres e crianças será um grande desafio do primeiro ano de mandato, mas tenho certeza que será um divisor de água na saúde das mogianas e também dos mogianos. Vamos concluir o anel viário, transformando em realidade um sonho acalentado desde a década de 70. Vamos criar o Integra Mogi, que será um novo complexo viário, ligando a Avenida Fumio Horii (antiga Av das Orquídeas) à nova Avenida Jundiaí, que vamos construir em Jundiapeba.
Tudo isso abrirá um novo eixo de desenvolvimento econômico e de criação de empregos no distrito e em toda a região.
Temos que reconstruir todo o sistema de saúde, voltar a ter uma educação de qualidade, investir na zeladoria e no cuidado com o município em todas as áreas. Mas esse não será um governo de uma obra ou de um projeto. O meu governo será um governo para toda a cidade, todas as mogianas e mogianos. O nosso maior projeto é voltar a cuidar de Mogi das Cruzes e reconstruir essa cidade.
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Associação do Voluntariado na Festa do Divino
A senhora havia anunciado, na campanha, a criação da 1ª Secretaria da Mulher e, recentemente, anunciou a 1ª Secretaria da Longevidade. O que levou a esse anúncio e como essas pastas irão trabalhar?
Estas são duas pastas de extrema importância e que terão um papel fundamental na nossa gestão. O Brasil tem 33 milhões de idosos. A população 60+ duplicou em duas décadas, segundo o IBGE. Uma pesquisa divulgada pelo órgão mostrou que o número de idosos brasileiros mais do que duplicou no período entre os anos de 2000 e 2023. O objetivo é cuidar e de promover a longevidade das pessoas por meio de políticas públicas que garantam uma vida plena aos idosos por meio da promoção de políticas públicas voltadas à promoção da saúde. Já vivemos o tempo dos 40, dos 50+, agora estamos na era dos 60+ e a perspectiva é que essa longevidade aumente cada vez mais e as cidades precisam estar preparadas para atender e acolher esse contingente.
A Secretaria da Mulher, entendo, seja uma dívida que a cidade tem com todas as mogianas. Nós faremos um trabalho amplo, que vai desde os cuidados com a saúde até políticas públicas que fomentem o empreendedorismo, abram o mercado de trabalho, qualifiquem e criem novas oportunidades econômicas e de vida para as mogianas. O nosso foco será também o de fortalecer os serviços que ofereçam segurança às vítimas de violência física e sexual, tanto por meio do trabalho da Patrulha Maria da Penha, como dos serviços ofertados pelo Hospital da Mulher, que faremos em Braz Cubas, juntamente com a Maternidade Municipal. Nós buscaremos, ainda, uma integração com o Governo do Estado, inclusive para ampliar as unidades e o horário de funcionamento da Delegacia da Mulher, à noite e nos finais de semana e feriados, quando é comprovado estatisticamente que os casos de agressão aumentam significativamente.

O Vice-prefeito eleito Téo com a esposa Maira,
que será a presidente do Fundo Social de Solidariedade,
e a filha Maria Julia
A senhora tem um plano de governo que une a reconstrução da cidade, retomada dos serviços públicos de qualidade e inserção do município no mapa de grandes investimentos. Esse é um trabalho que já começou?
Sim, já começamos. Na verdade, nunca paramos, desde o dia que saiu o resultado das urnas, nós estamos trabalhando para recolocar Mogi das Cruzes no mapa do desenvolvimento. Somos uma cidade grande. Estamos perto dos 500 mil habitantes, além de estarmos entre os principais municípios da Região Metropolitana de São. A nossa cidade tem uma logística privilegiada. Está perto da Capital São Paulo, do Litoral, dos principais portos e aeroportos do País. O que precisamos é retomar a força política da nossa cidade, seja junto ao Governo do Estado, seja no Governo Federal, apresentando a nossa cidade e conquistando os recursos e investimentos necessários.
E quais devem ser os diferenciais de sua gestão?
Será um governo de muito trabalho, escuta e acolhimento. As nossas mogianas e mogianos podem ter certeza que vou honrar cada voto recebido, cada abraço, sorriso e toda a confiança depositada nas ruas, que elegeu a mim e ao Téo Cusatis ainda em primeiro turno. Foram 113.271 votos, mas tenham a certeza que irei trabalhar por cada mogiana e mogiano desta cidade, que tem esperança e sonha com um futuro melhor. Faremos uma gestão com muito compromisso para representar a vontade das pessoas que acreditam no nosso trabalho, mostrando que nós, mulheres, fazemos tudo coma eficiência, competência, humildade e excelência. Chegou a hora da mulher comandar a Prefeitura de Mogi das Cruzes e trabalhar por todos que moram nesta cidade, criam seus filhos, trabalham, estudam e fazem de Mogi esta cidade tão especial.

2016 - Governador Alckmin liberando verba para
hospital em Mogi, com o deputado Marcos Damásio
e o então secretário de Saúde Téo Cusatis
Antes mesmo de assumir, a senhora e o seu vice já demonstraram proximidade com o Governo do Estado. Estiveram com os secretários de Saúde, Educação e com o governador. Esse será o tom do seu governo?
Sim, isso mesmo. Já estivemos com o governador Tarcísio de Freitas, com o secretário Estadual de Educação, Renato Feder e o secretário de Saúde, Eleseus Paiva e teremos boas e grandes notícias para o início do nosso mandato. Também teremos uma forte interlocução com a Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado André do Prado, que é da nossa região e conhece muito bem a nossa cidade. Iremos para Brasília e reabrir os caminhos, conquistar recursos para promover os investimentos necessários. Todos sabem que somente a Prefeitura não tem condições de arcar com tudo o que a cidade precisa e, por isso, essas parcerias são fundamentais para garantir os investimentos necessários.
Os desafios serão dobrados: administrar a cidade e vencer o machismo estrutural existente na sociedade?
Tivemos, como todos viram, uma campanha muito difícil, de muitos ataques, mentiras e preconceitos. Mas tudo isso ficou para trás. Agora, é a hora de unir forças e colocar Mogi das Cruzes e toda a sua população no centro das atenções. Eleição faz parte do processo eleitoral e tem data para começar e para terminar. Agora, é governar para todos. O meu partido é e sempre será Mogi das Cruzes.
O que a população pode esperar do 1º ano de gestão?
Trabalho, trabalho e trabalho. E durante para os próximos quatro anos: mais trabalho.
Como está o coração da Mara Bertaiolli para o dia 1º de janeiro?
Estou muito feliz, honrada com o compromisso e ciente da responsabilidade que temos nas mãos. Governar uma cidade do porte e da importância de Mogi das Cruzes não é fácil. Mas, sou uma mulher que escuta, acolhe e faz e acreditem vou dedicar todos os dias da minha vida para cuidar das pessoas. Nossa gestão será de reconstrução.
Quem são os
secretários municipais





Na elite do Brasileiro
A chegada do Mirassol FC à Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol foi comemorada, em grande estilo, em Mogi das Cruzes, pelo ex-goleiro da equipe no início da década de 70, o ex-vereador Protássio Ribeiro Nogueira.
O time de uma cidade cuja população de 60 mil habitantes caberia dentro de um estádio de futebol deveria servir de exemplo para Mogi das Cruzes, onde seus mais de 400 mil moradores continuam vivendo o sonho, impossível até agora, de ter uma equipe na elite do futebol brasileiro.
“A credibilidade dos dirigentes foi decisiva para essa verdadeira façanha do Mirassol”, ensinou Protássio
Rumo à política
Anotem para conferir no tempo certo: não será surpresa se o tenente André Belarmino, atual comandante da Polícia Rodoviária do Alto Tietê e Guarulhos, surgir como candidato a deputado ou a vereador, nas próximas eleições. Com presença assídua nas redes sociais, onde costuma prestar serviços dando dicas sobre cuidados ao dirigir pelas estradas da região, o policial militar vem sendo assediado por partidos políticos há algum tempo. Resistiu até agora, mas já picado pela mosca azul da política, admite aceitar um futuro desafio.
Mais dois anos
A julgar pelo movimento nos bastidores da política local, é praticamente certo que o vereador José Francimário Vieira de Macedo, o Farofa (PL), será reconduzido ao cargo de presidente da Câmara, na eleição do próximo dia 1º de janeiro. Com a recente mudança no Regimento Interno do Legislativo, que ampliou para dois anos o período de mandato da Mesa Diretora, Farofa pode acabar ficando no cargo por três anos consecutivos, graças, principalmente, ao seu estilo conciliador e bom relacionamento com colegas de diferentes partidos.

Ten. André
Belarmino
José Francimário
Vieira de Macedo,
o Farofa
O ex-goleiro e
ex-vereador Protássio
Ribeiro Nogueira
Em grande estilo
O vestido de posse da futura prefeita Mara Bertaiolli (PL) terá a assinatura do renomado estilista self-made Vitor Zerbinato, o mesmo que já vestiu Sharon Stone em premiação do Globo de Ouro e outras atrizes famosas de Hollywood em cerimônias do Oscar. O piracicabano que vive há muito tempo em Mogi, onde estão seu ateliê e a fábrica da marca que leva seu nome, também produziu peças para artistas nacionais, como Anitta, Vanessa Giacomo, Mariana Ximenes, entre outras. A escolha de Zerbinato, segundo Mara, buscou reconhecer e prestigiar o estilista da cidade. Na mesma linha, o vice Téo Cusatis deverá optar por um terno da Rig, tradicional loja mogiana, hoje no Mogi Shopping.
Em campanha
Adversários nas duas últimas campanhas para prefeito de Mogi das Cruzes, eles deverão se reencontrar na arena eleitoral de 2026, como candidatos a deputado. O advogado Rodrigo Valverde (PT) e o prefeito que deixa o cargo neste final de ano, Caio Cunha (PODE), deverão concorrer, segundo os primeiros rumores que circulam pelos meios políticos, a vagas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, respectivamente.
Outro que certamente engrossará a disputa será o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), que após deixar o cargo passará a exercer as funções de secretário municipal do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, a convite do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Surpresa
Uma das surpresas do período pós-eleitoral na região foi a saída de Romildo de Pinho Campello do cargo de presidente municipal do PV, ao qual está vinculado há muito tempo e que lhe abriu portas para ocupar cargos importantes junto às prefeituras de Mogi e de São Paulo e ao Governo do Estado. A decisão do pernambucano, radicado há muito na cidade, lhe assegurou convite para assumir o cargo de secretário municipal de Habitação durante o governo de Mara Bertaiolli. Mesmo se afastando da presidência, Romildo continua filiado ao PV.




Parlamento
Estudantil defende
a inclusão social

Projetos nas áreas de inclusão social, saúde mental e meio ambiente, de autoria de alunos do Ensino Médio das redes pública e particular de ensino de Mogi das Cruzes, centralizaram as atenções na 14ª edição do Parlamento Estudantil, realizado na Câmara Municipal. O programa idealizado pelo Legislativo mogiano permite aos participantes a vivência da rotina da Casa de Leis, incluindo a oportunidade para que proponham projetos sobre os mais diversos temas.
No Parlamento Estudantil, os alunos dos ensinos Fundamental II e Médio assumem o papel de vereadores, discutindo propostas e colocando a cidadania em prática. Para participar, eles prepararam um projeto de lei e o apresentam na escola. Após aval da instituição de ensino, ele é enviado, juntamente com a ficha de inscrição, ao Protocolo Legislativo da Câmara.
Os critérios de escolha dos vereadores jovens são: criatividade, originalidade, pertinência, respeito ao formato de projeto de lei, correção gramatical, concisão, objetividade e coerência.
Neste ano, foram escolhidos 23 estudantes do Ensino Fundamental II e 23 alunos do Ensino Médio para as atividades realizadas em novembro. Após a diplomação e posse dos ‘vereadores estudantis’, eles conhecem os setores da Casa de Leis, participam da eleição da Mesa Diretiva de cada categoria e recebem orientações para o desenvolvimento dos trabalhos legislativos. Por fim, acompanham as sessões ordinárias, ocasiões em que apresentam os projetos. Todos foram aprovados.
A disponibilização de salas em espaços públicos para que profissionais aposentados possam atender a comunidade é a proposta de autoria da estudante Camila Mastropietro Piereti Rodrigues, do Colégio Maple Bear. Camila destaca que a medida vai ajudar os idosos a romper o isolamento e voltar a contribuir com a comunidade. “Esta tem sido uma realidade enfrentada por muitos idosos, gerando um aumento no índice de depressão em pessoas nessa faixa etária”, explica.
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Alunos participantes do Parlamento na Câmara
Municipal de Mogi das Cruzes
A estudante Júlia Aparecida Teixeira, da ETEC Presidente Vargas, apresentou uma proposta que dispõe sobre aumento de psicólogos e psiquiatras na área de saúde pública municipal. Ela pontua que a demanda na saúde pública é muito alta. “Não há profissionais suficientes e isso ocasiona atrasos de consultas e exames e deixa as pessoas em situação mais vulnerável”, afirma.
Lucas Sposi Lemos, do Colégio Brasilis, defende a implantação do Programa de Auxílio Aluguel para mulheres vítimas de violência. “A violência doméstica é um problema muito sério em nossa sociedade. O auxílio aluguel visa oferecer um suporte essencial permitindo que as vítimas tenham a oportunidade de recomeçar suas vidas em um ambiente seguro e estável”, aposta.
Pensando na sustentabilidade, Maria Eduarda da Silva, da Escola Estadual Professor Firmino Ladeira, apresentou projeto para reutilização de água nas escolas. “Neste ano tivemos um maior desperdício de água dentro das unidades de ensino, então esse projeto é para incentivar o reuso da água. É uma proposta mais voltada para a educação, sem a necessidade de alocar verba pública”, aponta.
Presidente da Comissão de Educação da Câmara, a vereadora Inês Paz (PSOL) destacou a qualidade dos projetos. “É fundamental ter claro que esse projeto é uma homenagem à democracia. Com todas as desigualdades que nosso país enfrenta, a democracia ainda é a forma mais adequada de termos diversidades nas ideias. Os projetos, réplicas e tréplicas de todos foram muito bons”, avaliou a parlamentar, destacando que todos os participantes receberam certificado de participação.




Empresária Paula Schimek
Os Brechós chiques
estão chegando!

Preservação ambiental e diminuição do desperdício são os motes da moda circular, consciente e sustentável, a aposta de franquias de brechós chiques que aterrissam em Mogi das Cruzes, oferecendo produtos ‘second hand’ - uso de segunda mão - de marcas renomadas a preços mais acessíveis.
Recém-chegado a Mogi, o Peça Rara Brechó está instalado em um dos principais corredores comerciais da Vila Oliveira. Apaixonada por antiquários, a empresária Paula Schimek também investe no conceito de consumo consciente e sustentável, oferecendo peças de qualidade para todos os perfis de clientela, seguindo a meta de impactar os consumidores com a proposta de sustentabilidade e destaque para a ressignificação de itens já produzidos.
Com 17 anos de história desde a inauguração da primeira loja, em Brasília (DF), a rede é uma das principais marcas do país no segmento second hand e conta com mais de 180 lojas em todo o território nacional. Em 2023, o Peça Rara Brechó alcançou aumento expressivo de 65% no faturamento, somando R$ 156 milhões.
A franqueada da loja de Mogi conta que, neste mercado, a experiência do cliente é mais importante do que o próprio produto. “Na loja, quem chega para comprar R$ 50,00 ou para R$ 50 mil é tratado da mesma maneira, com atenção, carinho, atendimento totalmente personalizado e acolhimento. Recebemos a todos com a experiência que temos de uma vida inteira no mercado de luxo. As peças sempre são como novas, com qualidade, por isso a curadoria é tão importante e treinada”, aponta Paula.
Entre as marcas presentes no Peça Rara estão Farm, Zara, Lacoste, Le Lis Blanc, Carol Bassi, Youse, além de Prada, Chanel, Louis Vuitton, Donna Karan, entre outras. “Todas serão bem-vindas, desde que a gente saiba que fazem sentido para o negócio. Também vamos criar um espaço com peças exclusivas. Por exemplo, fui para a Inglaterra e trouxe três malas de peças exclusivas de lá, então, teremos este espaço especial da Inglaterra. Quando fizer uma próxima viagem a Nova York, vai ter especial Nova York. Estaremos antenados ao que está movimentando a moda circular, para sermos os pioneiros a trazer essas peças para serem vendidas na loja”, promete Paula.


Produtos da loja Peça Rara Brechó

Loja Burguesinha Brechó Chic
Outra franquia nestes moldes em Mogi, a Burguesinha Brechó Chic tem mais de 60 lojas no país e registrou faturamento de R$ 50 milhões apenas no primeiro semestre deste ano. Nasceu em São José do Rio Pardo (SP), em 2020, e chegou à cidade há um ano, trazida pela empresária Fernanda Fernandes.
A loja compra e vende produtos do universo feminino em geral, desde marcas nacionais corriqueiras a grifes internacionais. Na unidade instalada no Centro Cívico, são mais de 10 mil itens, entre roupas femininas, bolsas, sapatos, óculos de sol, perfumes, cosméticos, secadores e modeladores de cabelos, acessórios em prata e bijuterias, com o foco em atender todas as classes sociais e ajudar o meio ambiente.
Segundo Fernanda, franqueada de Mogi e Taubaté, a receptividade do mercado mogiano surpreende. “Tem sido muito melhor do que o esperado. Este conceito de moda circular é moderno e as pessoas têm entendido e aderido bem. O processo de avaliação e triagem é rigoroso e as peças sempre chegam em perfeito estado, com todo cuidado”, avalia.
Ela destaca que, atualmente, o conceito de brechó mudou e as clientes encontram um local organizado e cheiroso, com tudo separado por cores, além de roupas e acessórios de marcas famosas. “Também vendemos Pandora, Vivara, Swarovski, Ray-Ban, Miu Miu, Valentino, Golce & Gabbana, mas a preços acessíveis”, completa.





Mogi é pioneira
no congelamento
de embriões na região

Carolina Zendron
Machado Rudge
é médica, especialista em Ginecologia e obstetrícia, pós-graduada em Endoscopia Ginecológica, mestre em Endometriose e professora assistente da Universidade de Mogi das Cruzes
O congelamento de embriões, indicado para casais inférteis que estão tentando engravidar há pelo menos 1 ano sem sucesso, se submetem ao tratamento de fertilização in vitro e ficam com embriões excedentes, aumenta em até 60% as chances de realização deste sonho, de acordo com a idade da mulher.
Segundo a ginecologista e obstetra mogiana Carolina Zendron Machado Rudge, o casal pode congelar esses embriões excedentes para utilizar se o tratamento não der certo na primeira tentativa ou se desejar mais um filho no futuro. No entanto, ela orienta que, caso uma mulher ou homem deseje postergar uma gravidez, seja por questão social (idade, por exemplo) ou até mesmo médica (tratamento oncológico), o mais recomendado é o congelamento de gametas (óvulos ou espermatozoides) e não de embriões.
“No caso dos embriões, há material genético do homem e da mulher e, se ocorrer uma separação ou até morte de um dos indivíduos, haverá problema legal, pois o embrião pertence aos dois. No congelamento de gametas, há apenas material genético da mulher (óvulos) ou do homem (espermatozoide) e a fertilização poderá ser feita no momento em que a gravidez for desejada”, explica.


A primeira etapa para o congelamento, segundo ela, é a estimulação ovariana, utilizando hormônios injetáveis na mulher com monitorização por meio da ultrassonografia transvaginal, que dura cerca de 10 dias. “Quando os óvulos atingem a maturidade, a segunda etapa do processo será realizada com a aspiração ou coleta. O procedimento é feito sob anestesia, com aspiração dos óvulos da mulher por meio de uma agulha guiada por ultrassonografia transvaginal. Se o processo for apenas o congelamento de óvulos, o procedimento está concluído”, enfatiza.
No entanto, ela acrescenta que, se a opção for pelo congelamento de embriões, no dia da coleta dos óvulos da mulher, o homem fará a coleta de sêmen por meio da masturbação. “Os melhores espermatozoides serão selecionados e injetados nos óvulos coletados (injeção intracitoplasmática de espermatozoides - ICSI). No dia seguinte, saberemos quantos óvulos foram fertilizados e esses agora chamados de embriões serão acompanhados até o quinto dia dentro do laboratório. Os que sobreviverem até o quinto dia, estágio do desenvolvimento embrionário chamado blastocisto, serão congelados”, detalha.




Vestibular:
se preparar no
presencial ou no EAD?

Em tempos de tantas inovações tecnológicas e de informações cada vez mais ágeis na internet, surge a questão: de que forma as ferramentas digitais podem complementar os estudos presenciais de preparo para os vestibulares e como assegurar a credibilidade destas fontes de conhecimento nesta fase tão desafiadora na vida dos estudantes?
Segundo o coordenador do Ensino Médio do Colégio São Marcos, Cássio Alberto Dias da Silva, as ferramentas são muitas, incluindo videoaulas, materiais escritos, simulados online e resumos. “Vários desses recursos possuem versões gratuitas. Contudo, a confiabilidade é fruto da experiência dos professores e autores dos materiais. E isso não está diretamente relacionado a uma plataforma que meramente organiza os recursos. Conheço professores que fazem videoaulas já há um bom tempo, com um trabalho de qualidade e plataformas com videoaulas de professores com uma didática ainda em desenvolvimento”, destaca.
Por isso, o educador defende uma curadoria desses recursos, feita por profissional com experiência nas áreas e disciplinas, além de isenção. “A principal contribuição destes estudos online é evidente: a facilidade de acesso, a democratização à preparação. Outros benefícios são a flexibilização de horários e planos de estudos e possibilidade de feedbacks precisos, como simulados com correção segundo a Teoria de Resposta ao Item (TRI) utilizada no Enem, o que favorece a personalização dos estudos”, considera.
Ele avalia que, cognitivamente, não há novidades neste sistema de estudos, já que a maioria dos recursos online, sobretudo videoaulas, se baseia no modelo didático tradicional de transmissão e recepção de conhecimentos. “A aprendizagem ainda vai estar diretamente relacionada à dedicação do estudante, mas um ponto negativo é a ‘armadilha’ à qual muitos alunos podem estar sujeitos. Justamente por estarem de posse de todas essas ferramentas digitais, podem acreditar que estudar se tornou algo fácil, que não requer dedicação ou que está tudo ali, basta ler e assistir aos vídeos. E na prática, é bem diferente”, alerta.

Cassio Dias
Colégio São Marcos

Vera Antunes
Colégio Objetivo
Na avaliação da diretora do Colégio Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes, a complementação do estudo presencial de preparo para os vestibulares com ferramentas digitais exige cautela. Há 50 anos preparando alunos para o desafio de conseguir uma vaga nas mais disputadas universidades do país e exterior, a educadora alerta que “nada substitui o estudo presencial”.
“Quem frequenta o curso presencial não o troca pelo online. Eles podem ser complementares, mas na sala de aula, a atenção, foco, apoio, esclarecimento de dúvidas e suporte dos professores são muito maiores, além da interação com outros alunos, que fazem perguntas e contribuem para ampliar o conhecimento. O online não oferece o amadurecimento pessoal e de estudos que o presencial proporciona e, mesmo o simulado online não é o mesmo que o presencial, que ensina o estudante a se concentrar em ambiente com pessoas”, explica a educadora.
Ela acrescenta que, da mesma forma, a correção pela internet difere da presencial. “Outro ponto é que, em uma aula online, o professor apresenta o material que está pronto e, se algo acontece naquela semana ou dia, não há espaço para o que está repercutindo no noticiário, por exemplo. Esta atualização só é possível nas aulas presenciais, que desenvolvem o aluno crítico. Hoje, o estudante precisa estar preparado não apenas para questões de Física, Química, Geografia, entre outras, mas também em conhecimentos gerais, principalmente para fazer a redação”, aponta.
A educadora também faz um alerta sobre a necessidade de confiabilidade dos sites e ferramentas de estudos online. “Sem isso, pode haver um complicador de aprendizagem, com entendimento errado da disciplina ou informações errôneas e desatualizadas. Mesmo que seja para complementar os estudos, é preciso ter cuidado, atenção e critério. Além disso, hoje não se decora mais nada. O que valem são o raciocínio e o conhecimento mais aprofundado, tanto que a maioria das questões é interdisciplinar, então é preciso adquirir conhecimento para responder qualquer pergunta”, explica Vera, destacando o papel dos plantonistas no esclarecimento de dúvidas do curso preparatório para vestibulares do Objetivo, que nasceu há 59 anos e chegou a Mogi em 1993.
Porém, ela pondera que a internet permite agilidade de acesso às notícias do mundo todo, contribuindo para complementar o conhecimento adquirido nos estudos presenciais. “Neste ponto, é positiva a busca de elementos e informações rápidas no celular, mas sempre de fontes confiáveis e de credibilidade”, conta.




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Dna Leila Caran Costa - 10/04/1925 - 03/12/2024
Leila Caran Costa,
4 vezes no social

Mogi das Cruzes perdeu no último dia 3 de dezembro uma das principais personagens de sua história política e social. Uma mulher à frente do seu tempo, Leila Caran Costa, mãe do presidente do PL e ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, morreu aos 99 anos.
Viúva do ex-prefeito Waldemar Costa Filho, ela foi responsável pelo ingresso do marido na política mogiana e acompanhou de perto seus quatro mandatos: 1969-1972, 1977-1983, 1989-1992 e 1997-2000.


Com Waldemar e com os filhos
Leilinha, Samira e Valdemar
Obstinada, a ex-primeira dama comandou o Fundo Social de Solidariedade de Mogi das Cruzes durante as quatro gestões de Costa Filho e orgulhava-se de falar sobre a construção de quatro creches, instaladas nos bairros do Mogi Moderno e Jardim Aeroporto, no distrito de Jundiapeba e na região central da cidade (Creche Santana) - exclusivamente com recursos arrecadados durante eventos promovidos pelo órgão, que também realizava inúmeras campanhas despertando a solidariedade da comunidade mogiana em prol dos mais necessitados.
Vários empresários a ajudavam nos diversos projetos assistenciais, como Júlio Simões, Fumio Horii, Manoel Bezerra de Melo (Padre Melo), João Reis, Fernando Simões, Marcio Miranda de Paula entre outros.


Com Dr Nobolo Mori, Minor Harada e Fernando Simões
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Com Marcio Miranda de Paula e Julio Eduardo Simões
“A minha mãe procurava vários empresários da cidade, muitos amigos do meu pai, para pedir ajuda para as suas obras educacionais e assistenciais da cidade. O meu pai ficava bravo com ela, mas a minha mãe era incansável pelo capricho nas realizações. Ninguém negava nada à minha mãe, pois todos sabiam da seriedade e da boa-fé dela”, conta, orgulhoso, o filho Valdemar Costa Neto.
Nascida na capital paulista, ela - que foi registrada como Emília, mas sempre chamada de Leila - veio para Mogi das Cruzes quando estava na última série do ginásio. Em seguida, foi aluna da Escola Normal, mas deixou o curso antes de se casar com Waldemar, que era amigo de seu tio e, por isso, frequentava a casa da família.
Após o casamento e o nascimento dos filhos - Leila, Samira e Valdemar - ela conciliava os cuidados com a família e as tarefas como primeira-dama, acompanhando o prefeito que mais administrou Mogi das Cruzes.

Recebendo homenagem na Câmara
Municipal de Mogi das Cruzes
Assim, viu de perto e ajudou o marido no que foi possível para as grandes realizações que contribuíram para o progresso da cidade, como as construções das rodovias Mogi-Dutra, Mogi-Bertioga, parte do Anel Viário, dos conjuntos habitacionais da Vila da Prata, Santo Ângelo, São Sebastião, Residencial Vereador Jeferson da Silva e Conjunto Habitacional José Bezerra de Melo. Dna Leila também acompanhou a doação das áreas para a implantação das duas Universidades de Mogi, a UMC – Universidade de Mogi das Cruzes e a UBC – Universidade Braz Cubas. Tudo isso nos anos 70 e início dos anos 80.
Leila Caran acompanhou de perto a construção de 80 escolas municipais e reforma de 95% das escolas estaduais, além da implantação de 10 centros esportivos.
Dona Leila deixa os filhos Valdemar (Boy) e Leilinha, 8 netos e 7 bisnetos. A filha Samira morreu num trágico acidente de carro no final dos anos 70.

Com filhos, netos, bisnetos e a nora Dana Costa




Fotógrafo Lailson Santos e o fundador da
Cacau Show, Alexandre Costa
União de gênios!
A trilha de
Lailson Santos

Lailson Santos começou sua jornada de forma inusitada: entregador de jornal no Diário de Mogi, no final dos anos 70, onde foi convidado para iniciar seu aprendizado na fotografia, um ofício que rapidamente se transformou em paixão. Depois, na década de 1980, ele seguiu para a Revista Ato (revistaato.com.br), onde aprimorou suas habilidades e começou a trilhar um caminho de sucesso.






Capas da Revista ATO,
anos 80
Ao longo da carreira, Lailson produziu 12 livros fotográficos, com destaque para títulos como “O Cacau é Show” (em parceria com Alexandre Costa, fundador da Cacau Show), “Festa do Divino”, “Rodeio Brasil”, “Pin-ups Brasileiras” e, o mais recente, “Bean To Heart”. Para esse último, Lailson, acompanhado de uma equipe de grandes profissionais, viajou durante 30 dias por oito países ao lado de Alexandre Costa, capturando imagens e realizando um documentário que revela a essência do cacau ao chocolate.

Publicação da empresa Cacau Show - Bean To Heart
Desde fevereiro de 2023, Lailson passou a gerente do Departamento de Audiovisual da maior rede de chocolates finos do mundo, a Cacau Show, onde se dedica à criação de clipes, filmes publicitários e documentários que contam histórias poderosas e elevam a marca ao redor do mundo.
As suas fotos já estamparam capas de revistas renomadas, como Manchete, Veja, Época, Forbes, IstoÉ Gente, Caras e Contigo.


Cantora Anitta e Hebe Camargo

Jô Soares



Com Sabrina Sato, Tarcísio Meira e Pelé
Além disso, suas obras foram expostas em diversas exposições, tanto no Brasil como no exterior, incluindo o famoso Salon du Chocolat, em Paris. Um de seus trabalhos mais emblemáticos foi inspiração para o artista Eduardo Kobra, que utilizou uma de suas imagens para criar o maior painel grafitado do mundo, na nova fábrica da Cacau Show, em Itapevi (SP).

Foto original de Lailson que inspirou o artista Eduardo Kobra

Sede da Cacau Show, em Itapevi, com o maior painel
grafitado do mundo, feito por Eduardo Kobra



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Confeitaria fina,
mercado em
expansão

A arte da confeitaria - palavra do latim “confectun”, que significa aquilo que é confeccionado com especialidade - é antiga, mas vem ganhando cada vez mais espaço no mercado atual. No Brasil, a confeitaria chegou apenas por volta dos anos 1950 e 1960, após a 2ª Guerra Mundial, quando confeiteiros vindos de países atingidos pelo conflito, trouxeram para cá suas técnicas de manuseio do chantilly, massa folhada e fondant.
Hoje, elas marcam maior presença e, apostando neste nicho e no potencial do mercado gastronômico de Mogi das Cruzes, a Nina Sucrée especializada em chocolates e doces finos, com produção 100% artesanal e chocolate de origem belga, abriu as portas na Vila Oliveira, pelas mãos das mogianas Vivian Aguiar Russo, 30 anos, e Gabriela Longato Casarin Horii, 30.
Formadas em Direito, elas decidiram investir na marca, segundo contam, criada para atender o público que gosta de presentear com produtos exclusivos e artesanais, em embalagens sofisticadas e produtos de alta qualidade. “Além de presentes, a Nina Sucrée passou a trazer, depois de um tempo, doces para o dia a dia, sobremesas para compartilhar e bolos de festa. Grandes eventos e presentes corporativos personalizados também fazem parte do portfólio e esperamos aumentar o investimento, especialmente, no setor de casamentos, em 2025”, revela Vivian.
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O mercado, segundo ela, está em crescimento, inclusive em Mogi das Cruzes. “As primeiras semanas de vendas da loja física superaram muito a expectativa que imaginávamos para os primeiros meses. Tivemos uma procura alta e nosso público gosta de produtos com insumos de boa qualidade, ainda que o preço seja mais alto. Acreditamos que a internet tem favorecido isso, já que as referências de produtos caros, como o pistache e o chocolate importado, são maiores agora”, avalia.
Vivian deu início à marca de forma independente, em 2018, quando ainda morava na capital paulista e se formava em Direito pela PUC-SP. “Estava insatisfeita com a área e tinha sonho de empreender, especialmente na área de alimentação. Percebi uma certa carência em Mogi das Cruzes e região de produtos premium e também de embalagens bonitas. Apenas marcas grandes e industrializadas possuíam um investimento em caixas mais elaboradas, então percebi um nicho que poderia ser bem explorado”, conta.
Depois, Gabriela, formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e amiga de infância de Vivian, tornou-se sua sócia. “Juntas, resolvemos ampliar nossa produção e a presença no online para, então, criarmos a primeira loja física. A meta é expandir a marca em Mogi das Cruzes e, quando bem consolidadas, crescermos para outras cidades”, adianta Vivian.





Ele quer promover
a representatividade

Jonathan Vilela, bailarino de formação,
já transformou a vida de centenas de mulheres que participaram dos
concursos de miss
Incentivar o empoderamento feminino e abrir os olhos de mulheres com baixa autoestima são alguns dos objetivos do trabalho do produtor de conteúdo e de eventos nascido em Suzano. Bailarino de formação, Jonathan Vilela trabalhou com a dança durante 12 anos, se apresentando em vários países. Após esse período, a comunicação o pegou de jeito. Também publicitário, ele foi convidado para ser colunista de um jornal regional. A partir daí, a vida foi guiando-o para o que faz hoje, no comando da Página Vip, perfil de entretenimento de dicas de Mogi e Suzano, e da Academia de Miss.
Por que você criou a Academia de Miss?
A Academia de Miss surgiu por acaso e foi evoluindo conforme a necessidade de as mulheres precisarem lutar contra a sociedade limitante e machista em que vivemos. Esse é o meu maior propósito!
Como é feita a roda de conversa nos encontros? Qual o objetivo?
Nossa metodologia proporciona um ambiente acolhedor e seguro de fala e escuta. O processo de cada concurso é uma imersão em autoconhecimento, empoderamento feminino e representatividade. Com a troca de experiências e absorção de conhecimento, elas entendem que são capazes de muito mais do que pensaram e que as mudanças em suas vidas podem ser ilimitadas, dependendo da força de vontade de cada uma.
Qualquer mulher pode participar dos concursos de 2025? Quais são as novidades para o ano que vem?
As inscrições para a temporada 2025 já estão abertas e teremos um workshop motivacional preparatório em fevereiro. São diversos concursos para todos os perfis, sem nenhuma restrição estética ou social. Aqui, não seguimos padrões estéticos impostos pela sociedade. A maior mudança vai acontecer dentro da candidata à miss, e espero que muitas delas tenham coragem de passar por essa transformação.




Um convite
para realizar os
seus sonhos

Que tal escolher uma meta especial para 2025, aquela que, ao ser realizada, iluminará todas as outras? Torne-a SMART:
S - Sonhe com clareza, dê nome ao seu desejo
M - Celebre cada passo alcançado
A - Acredite na sua capacidade de realizar
R - Escolha algo que toque seu coração
T - Dê a si mesmo um tempo para florescer
Que 2025 seja um ano de colheitas lindas
Seguimos juntos!!!






1969 – O governador Abreu Sodré discursa na inauguração
da Barragem de Ponte Nova. À sua direita, o bispo
dom Paulo Rolim Loureiro e, em seguida, um macambúzio
Waldemar Costa Filho.
Uma disputa
com o governador
Abreu Sodré

Eu o conheci em 1966. Dele só ouvira falar, antes, na escola. E a primeira impressão que tive, confesso, não foi das melhores. Roberto Costa de Abreu Sodré havia sido deputado estadual e chegara à Presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo. Por indicação do regime militar, assumiria, em 1967, o governo do Estado. No final de 1966 conheci um auxiliar seu, que mais tarde ingressaria na política. Era Marco Antônio Castelo Branco. Foi em um sítio no bairro do Cocuera.
O então vereador Minor Harada convidara, para padrinho de seu casamento, o ex-governador do Rio, Carlos Lacerda. Sodré, convidado, enviou Marco Antônio para representá-lo. Conversamos bastante e pedi-lhe uma entrevista exclusiva com Sodré. Marco Antônio a prometeu e cumpriu. Uma semana depois, ligou-me marcando hora e local. Foi na sede de um banco no centro velho de São Paulo. Conversei com Sodré por cerca de uma hora e a todas as perguntas que lhe apresentei envolvendo questões ligadas a Mogi das Cruzes, ele sempre respondeu com evasivas. Sai achando que o futuro governador de São Paulo – sucederia a Laudo Natel – tinha muito pouco a ver com Mogi das Cruzes.
Voltei a encontrar Sodré, que governou São Paulo entre 1967 e 1971, na inauguração da barragem de Ponte Nova, em Salesópolis. Corria o primeiro semestre de 1969 e um novo prefeito havia tomado posse, em Mogi, poucos meses antes. Seu nome: Waldemar Costa Filho. Os dois não se entendiam bem. Sei lá por quê. Sei apenas que, durante a primeira passagem de Natel pelo Palácio dos Bandeirantes, Waldemar havia tido uma função de auxiliar de gabinete do governador. Talvez viesse daí o desentendimento. Sei lá.
Mas lembro-me como se fosse hoje: havia, no hotel de trânsito da barragem de Ponte Nova, uma grande mesa, posta com o coquetel pela inauguração da barragem. De um lado da mesa, Waldemar Costa Filho conversava com alguns conhecidos. De outro lado, o governador Sodré falava com políticos da região.
Em determinado momento, Waldemar aproximou-se de Sodré e disse-lhe que as escolas estaduais de Mogi estavam em petição de miséria e que ele precisaria da ajuda do Estado para recuperá-las. Sodré respondeu alto: “Isso é problema seu”. Waldemar foi saindo logo depois de responder: “É seu também”. Deixou um governador – Sodré era daqueles políticos conscientes da liturgia do cargo – nervoso. Mas o prefeito saiu e não ouviu o comentário final do governador:
“Ele tem mentalidade do Arnaldo Cerdeira” disse Sodré, referindo-se a um antigo político paulista, de raízes adhemaristas. Sodré era um representante típico da UDN (União Democrática Nacional), daqueles que tinham urticária quando passavam perto de um político do PSP (Partido Social Paulista), como Arnaldo Cerdeira. Poderia tudo ter acabado aí, não fosse a presteza com que um fiel escudeiro de Waldemar correu contar-lhe o que Sodré havia dito. Distante do governador, Waldemar (56 anos atrás) lançou um impropério. Em som audível o suficiente para não deixar dúvidas: “Mentalidade de Arnaldo Cerdeira é a PQP”.
Durante mais seis meses o governador não podia ouvir falar em Waldemar e em Mogi das Cruzes. Até que o ex-vereador Minor Harada entrou em campo, apaziguou os ânimos. Waldemar terminou seu primeiro mandato, entre l969 e 1972, inaugurando muitas escolas estaduais em Mogi. Todas autorizadas por Roberto Costa de Abreu Sodré, o ex-governador que morreu em setembro de 1999, em São Paulo.





Em embate:
a redução da
jornada de trabalho

Fádua Ramez Rachid Sleiman
é presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes
A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), sob a presidência de Fádua Ramez Rachid Sleiman, manifesta preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da jornada de seis dias de trabalho para cada dia de folga, a chamada escala 6x1, apresentada pela deputada Erika Hilton (SP). Se aprovada, a PEC pode trazer sérios problemas para o setor empresarial, o que pode gerar impactos negativos no mercado de trabalho e na competitividade das empresas, principalmente às de pequeno e médio porte.
A proposta já passou de 200 assinaturas, e, provavelmente, deve seguir para aprovação. A quantidade é superior ao mínimo de 171 para protocolar uma PEC na Câmara dos Deputados. Atualmente, a Constituição limita a jornada a oito horas diárias e 44 horas semanais, o que viabiliza a escala de seis dias de trabalho e um de descanso. O mesmo texto permite a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Na prática, o trabalhador brasileiro tem uma jornada média de 39 horas semanais.
Grande parte dos empregos no setor de comércio vem de micro e pequenos negócios
Caso aprovada, a PEC afetaria de forma mais direta o comércio, a indústria e serviços que funcionam de forma ininterrupta ou atividades consideradas essenciais, haja vista que a jornada de trabalho será reduzida, passando de 44 horas para 36 horas. A proposta pode representar um grande perigo ao Brasil, porque vai gerar inflação (haverá um desequilíbrio fiscal, claro). Os negócios vão diminuir, ou seja, todo o crescimento que tivemos nos últimos meses vai recuar. A geração de emprego vai regredir.
Sob a ótica da saúde e bem-estar do trabalhador, a mudança seria positiva, especialmente se não houver diminuição da remuneração, o que, claramente, comprometeria os custos da empresa.
Grande parte dos empregos no setor de comércio vem de micro e pequenos negócios, que teriam a força de trabalho dos funcionários suprimida em 25% e custos que aumentariam em 40%. Muitas empresas não conseguiriam se adequar a isso, levando a uma queda de competição e ainda mais de produtividade.
O empregador não conseguirá manter o valor dos salários na forma já contratada
Entendemos que a proposta deverá ser melhor debatida entre os trabalhadores e empregados com os sindicatos de classe. Nota-se, porém, que no âmbito das grandes empresas, onde o trabalho remoto já é uma realidade, torna-se possível adotar uma melhor escala de trabalho. No entanto, em outros setores, como o comércio de uma maneira geral, a PEC 6x1 poderá acarretar alteração de horário de atendimento ao consumidor, por exemplo.
O empregador não conseguirá manter o valor dos salários na forma já contratada (integral), sem que haja perda de um dia de atendimento ao público durante a semana.
Isto porque, para que o comércio se enquadre na nova jornada que está sendo proposta, o comerciante que atende aos sábados terá de adotar uma escala de trabalho bem diferente do que de costume. Ou seja, o comércio teria de funcionar de segunda, quarta e sexta-feira, abrindo às 13 horas, sucumbindo o atendimento no período da manhã. Às terças e quintas-feiras e aos sábados, o funcionamento seria das 8 horas às 14 horas.
É importante lembrar que a pandemia deixou uma série de sequelas, também, na economia, que ainda não se estabeleceu aos patamares necessários. E, certamente, a diminuição da jornada de trabalho, pelos próximos dois anos, não permitirá empregar mais pessoas.
Será que é possível chegar a um consenso? Agora é o momento de amadurecer a ideia e buscar um entendimento melhor para os dois lados. O trabalhador precisa ter saúde mental e qualidade de vida, mas sem afetar a geração de emprego e renda.
Portanto, entendemos que, para o comércio, a jornada de trabalho de 36 horas não trará novos empregos. Entende-se que a jornada de trabalho deve ser ajustada como vem ocorrendo em vários outros países para garantir qualidade de vida ao trabalhador, mas ela deverá atender cada segmento, pois de outra forma, bons resultados não serão atingidos a curto prazo.





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